Quem nunca se deparou com uma agradável apresentação de uma banda tocando choros, marchas, dobrados ou até mesmo valsas em uma pracinha de sua cidade? As bandas tradicionais fazem parte da história e cultura dos municípios, vilas e povoados mineiros.
A Sociedade Musical Tenente Januário é a banda tradicional mais antiga da cidade mineira de Juiz de Fora, em operação desde 1936. Atualmente é regida pelo maestro Jorge Rômulo e possui cerca de 25 músicos entre 17 e 80 anos que ensaiam todas as quintas-feiras na sede própria da banda. As apresentações geralmente ocupam praças públicas, a Câmara Municipal, solenidades em municípios da região, com um repertório variado que inclui, além do dobrado, música moderna americana e samba.
A banda foi contemplada pela
primeira vez pelo programa Bandas de Minas, da Secretaria de Estado de Cultura,
e, segundo Walterlo de Almeida, participante há 46 anos e atual presidente da
corporação, receber instrumentos novos foi motivo de comemoração entre os
membros. “Saber que fomos uma das 85 bandas contempladas no programa foi uma
alegria para todos os participantes. Sempre havia algum empecilho que nos
impedia de conseguir aprovação, então essa conquista foi muito gratificante
para nós”.
Segundo Maurício Guedes, filho de um dos fundadores da Sociedade Musical e tesoureiro desde 2002, ter sido contemplado ajudará a incentivar novas pessoas a integrarem o grupo. “Vimos no edital do Bandas de Minas uma forma de renovar os nossos instrumentos musicais, já que alguns estavam em ruim estado. Acreditamos que teremos não só melhores apresentações, mas também outros músicos interessados em participar da nossa corporação”.
O Governo de Minas Gerais entende
a importância de manter e valorizar essas manifestações artísticas. Para o
tesoureiro, os incentivos do Estado são importantes para que as bandas tenham
mais recursos para apresentações e mantenha o grupo em atuação. “Os incentivos dos
órgãos públicos são fundamentais para manter as bandas tradicionais em
operação. Não temos muita fonte de receita, por isso, ainda encontramos
dificuldade, às vezes recebemos convites e deixamos de atender por falta de
recurso, através disso, queremos poder mostrar o nosso trabalho e levar alegria
para o público”.